Ex-presidente do INSS do Governo Lula recebia R$ 250 mil por mês via pizzaria

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (13) o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, acusado de receber até R$ 250 mil mensais em propinas. O dinheiro teria sido pago por uma organização criminosa que fraudava descontos em folha de aposentados e pensionistas por meio da entidade Conafer, conveniada ao INSS para oferecer serviços aos beneficiários.

📑 Como funcionava o esquema

Segundo as investigações, a Conafer utilizava cadastros fraudados para realizar descontos indevidos diretamente nos benefícios dos aposentados. A autorização, que deveria ser dada pelos segurados, era falsificada.

  • Mensagens interceptadas pela PF
  • Planilhas apreendidas com operadores financeiros
  • Ordens de repasse sem comprovação de filiação

Esses elementos reforçam a suspeita de que Stefanutto recebia pagamentos sistemáticos.

🍕 Propina até por pizzaria

De acordo com a PF, os repasses eram feitos por meio de empresas de fachada e até de uma pizzaria, mostrando a complexidade da rede de lavagem de dinheiro.

🕵️ Operação em 17 estados

A operação contou com:

  • 63 mandados de busca e apreensão
  • 10 mandados de prisão preventiva
  • Medidas cautelares em 17 estados e no Distrito Federal

Entre os estados estão Goiás, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Paraíba.

⚖️ Contexto político e demissão

Stefanutto foi indicado em 2023 pelo ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi, então presidente do PDT. Na época, era filiado ao PSB, mas migrou de partido em janeiro de 2025. Em abril deste ano, após a primeira fase da operação da PF, foi demitido do INSS. As fraudes investigadas podem chegar a R$ 6,3 bilhões.

📌 Impacto para aposentados e pensionistas, e para o Governo Lula

O escândalo expõe a vulnerabilidade dos sistemas de autorização de descontos e reforça a necessidade de maior transparência e fiscalização nos convênios do INSS. Milhares de aposentados e pensionistas foram vítimas de cobranças indevidas, o que amplia a gravidade do caso. O Governo Lula por sua vez foi antigido diretamente pela situação, visto que o ex-presidente do INSS atuou no atual governo.

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